domingo, 1 de maio de 2011

A importação nos bolsos dos brasileiros


Quem compra CDs importados corre o risco de pagar um valor 100% mais alto, que o valor original
POR: ANA FLÁVIA TORNELLI, CAMILA FALABELA, JOÃO PAULO VALE


Quem nunca desistiu de comprar um álbum importado de uma banda favorita, por causa do preço? Uma pesquisa realizada no site norte-americano, Amazon, e no brasileiro Submarino, comprova que a diferença no preço do produto importado para o Brasil, pode chegar a 100%. Em certos casos, a própria versão nacional do CD sai mais cara do que o mesmo produto lançado no país de origem do grupo, mesmo levando em conta as taxas, tarifas e impostos.
Além disso, a demora no envio dessas mercadorias afeta diretamente o comportamento do consumidor, geralmente fã de determinado grupo, que pode buscar outras alternativas para satisfazer seu desejo de apreciar a música do artista favorito.
            Em alguns casos, para quem não tem parentes ou conhecidos no exterior, encontrar uma importadora no país ajuda os consumidores a pagar um valor um pouco mais baixo. É o que afirma a Gerente Fiscal, Regiane Donadi, de 29 anos. “Eu encontrei uma importadora aqui (São Paulo) muito boa e mais barata em relação às outras lojas. O preço do CD fica muito próximo do valor encontrado lá fora”, afirma Regiane. Ela ainda reclama que alguns produtos, inclusive CDs, que não têm a intermediação de uma importadora, são barrados na Receita Federal, se tiverem o valor superior a 50 dólares. “Se você quiser retirar o produto, terá que pagar mais imposto. Depende se você está disposto a correr o risco ou não”, complementa Regiane.
            De acordo com a Receita Federal, mercadorias até 50 dólares estão isentas de impostos. Caso contrário, a tributação é de 60% sobre o valor da mercadoria, acrescido o custo de transporte e do seguro relativo ao transporte, caso não estejam inclusos no valor final da mercadoria.
Rafael comprou a versão importada e nacional do CD, e não viu diferença nenhuma, apenas no preço

            Há casos em que a situação se inverte, o que mostra como o mercado é, de certa forma, incoerente. O estudante de jornalismo Rafael Soal pagou R$ 54,90 na versão importada do CD “Phrazes For The Young”, primeiro álbum da carreira solo do vocalista da banda The Strokes, Julian Casablancas. Algum período depois, o estudante constatou que a versão nacional do CD estava custando R$ 19,90, e com uma triste constatação: “Os discos são idênticos! Mesmo encarte, fotos, rótulo. Hoje, eu só voltaria a comprar um importado se fosse algo raro, ou então que fosse demorar muito pra chegar ao Brasil”, complementa Rafael.


Quem é fã não vê preço, mas vê qualidade

A estudante de jornalismo Priscila Mendes coleciona CDs e DVDs  internacionais. Entre suas bandas preferidas estão: U2, Pink Floyd e Led Zeppelin.  Para Priscila, que afirma só comprar discos originais, a qualidade dos importados é superior aos adquiridos no Brasil. “Certa vez paguei muito caro por um DVD original, e ao chegar em casa, percebi que ele não tinha o encarte. Devolvi o produto e fiz a solicitação pela internet, em um site americano. Poucos dias depois o DVD chegou à minha casa, com encarte, fotos, letras das músicas e isso pela metade do preço”, afirma a estudante. Depois do ocorrido, a estudante passou a adquirir todos os seus discos através de sites de outros países, principalmente em sites do país de origem da banda. “Além de pagar menos, o produto chega bem rápido, minha última aquisição foi pelo site Amazon. Sete dias após a compra, o CD chegou em minha casa pelos Correios” afirma a colecionadora.
Em situação igual a de Priscila, o estudante de engenharia Márcio Campos valoriza a qualidade do disco. “A qualidade é mais importante que o preço, mas se puder juntar os dois, melhor, claro! Como sou apaixonado por músicas e bandas internacionais, faço buscas diariamente em sites do exterior para, só depois, realizar a compra. Acho que há anos não compro um CD aqui no Brasil”, complementa Márcio.
Para o Produtor Fernando Maia, o que as pessoas não sabem é que produzir um disco custa muito caro. “São várias as fases de produção: gravação, masterização, arranjos, registros e legalização, enfim, o processo é demorado e exige muita atenção e dedicação. Além disso, sai caríssimo, o que justifica os altos preços cobrados pelo produto”, explica o produtor.
           

Pirataria: o pesadelo das grandes gravadoras

A Internet traz a facilidade de se buscar uma música desejada a qualquer hora, seja o sucesso do momento ou uma relíquia dos anos 20. Com relação aos custos, a Internet os reduziu a zero. Não se paga pela música baixada, somente pelo provedor, que oferece outras tantas facilidades. Entretanto, para se comprar o CD, é preciso sair de casa, se locomover até um centro comercial mais próximo, ir à loja de discos, escolher o disco, enfrentar a fila, pagar pelo produto e fazer todo o caminho de volta para casa. Além do custo financeiro, que na maioria das vezes é alto, perde-se um tempo gigantesco com esse processo. Em um mundo agitado como o que vivemos hoje, onde as pessoas vivem sem tempo e com muita pressa, a opção de baixar músicas pela internet tornou-se mania e cada vez mais pessoas têm aderido à idéia.


Campanha contra a pirataria

Outro grande pesadelo das produtoras e artistas do mercado musical é a tão conhecida e temida pirataria, atividade ilícita existente desde a época das grandes navegações. Atualmente, não é mais praticada a bordo de um navio e pode ser encontrada em vários setores do comércio, desde roupas até jóias. Alguns dos itens mais cobiçados pelos falsificadores são cigarros, CDs, roupas e perfumes.
Com os preços cada vez mais altos de DVDs e CDs, a pirataria pode ser uma opção dos consumidores e, por isso, ela acaba sendo uma solução encontrada por muitos para superar os altos preços. Para a dona de casa Sônia Miranda, consumir produtos piratas é a única alternativa para quem, assim como ela, não consegue pagar o preço estipulado pelas produtoras. “Eu não compro CDs piratas porque gosto, mas sim porque não vejo alternativa. Os discos estão cada vez mais caros e menos acessíveis. Sei que é ilegal, mas enquanto o preço não diminuir, vou continuar apelando para as falsificações” afirma.
É o mesmo caso da Engenheira de Alimentos Débora Maciel. Há mais de cinco anos ela usa a Internet como forma de adquirir as músicas preferidas. Para Débora, baixar músicas “é uma alternativa mais prática, econômica onde se pode variar mais  não só na quantidade, mas também  nos diferentes estilos musicais”.
O publicitário Otávio Augusto já prefere comprar CD , porém não tem dinheiro. “Os CDs estão cada vez mais caros, e ultimamente não podemos gastar com isso. Mas para mim, que sou grande admirador da música, nada como um CD na minha prateleira.”
Uma solução tardia partiu da gravadora Arsenal Music, casa de bandas como NX Zero, Fresno e CPM 22. O “Music Pac”, consiste no CD propriamente dito, mas com uma embalagem economica. Essa medida reduz em até 50% o valor final do CD. O álbum “Redenção”, dos gaúchos da Fresno, lançado em 2008, na versão comum, custa R$ 21,90. A versão “Music Pac”, reduziu esse valor praticamente pela metade, custando R$ 12,90.  “Demorou um pouco, mas acabou saíndo”, diz a Farmacêutiva Gabriela Izar, fã da banda Fresno. “Sempre gostei de comprar CDs, mas o preço realmente é muito alto. Com esse pacote o preço é mais baixo, e encaixa no meu orçamento, embora a qualidade da arte seja um pouco inferior do que de costume”, complementa Gabriela.

Um comentário:

  1. Vamos lá:

    -Pontuação: Uma pesquisa realizada no site norte-americano Amazon e no brasileiro Submarino comprova;
    -Pontuação: que a diferença no preço do produto importado para o Brasil pode chegar a 100% (-1);
    -Pontuação: e com uma triste constatação: “Os discos são idênticos! Mesmo encarte, fotos, rótulo. Hoje, eu só voltaria a comprar um importado se fosse algo raro, ou então que fosse demorar muito pra chegar ao Brasil”.;
    -Pontuação: estão U2;
    -Adequar: é superior à dos adquiridos no Brasil;
    -Vírgula antes do verbo dicendi: pelos Correios”, afirma; falsificações”, afirma;
    -Crase: Em situação igual à de Priscila (-1);
    -Ortografia: ideia, joias;
    -Adequar fala: mais prática, econômica, em que se pode variar mais não só na quantidade, mas também nos diferentes;
    -Pontuação: O “Music Pac” consiste no; A versão “Music Pac” reduziu;
    -Acentuação: econômica (-1).

    Nota: 22/25.

    ResponderExcluir