sexta-feira, 29 de abril de 2011

Museu Clube da Esquina pode não sair do papel

Após doação do prédio pelo governo estadual, o espaço aguarda liberação de verba do Ministério da Cultura para abrir as portas.
 Por Júnior Moreira, Paula Isis e Thayane Ribeiro


Fachada da futura sede do Museu Clube  da esquina
Mais de 6 anos após a execução do projeto inicial, o Museu Clube da Esquina ainda corre o risco de continuar apenas no papel. Previsto para ser inaugurado no início deste ano, no antigo prédio do Servas, integrando o Circuito Cultural da Praça da Liberdade, o empreendimento precisa ser aprovado pelo governo federal até o dia 30 deste mês, caso contrário é bem provável que o museu continue apenas no imaginário do seu idealizador, o compositor Márcio Borges.

Há alguns anos, o letrista mineiro, integrante do Clube da Esquina, movimento musical nascido na década de 60, sonhou com o local que reuniria o acervo construído pelo grupo e funcionaria como janela para os novos músicos que desejassem trilhar os caminhos da música popular brasileira.  A idéia inicial foi tomando forma e, em fevereiro de 2004, foi criada a Associação de Amigos do Museu Clube da Esquina, uma entidade sem fins lucrativos que tem o objetivo de gerenciar as ações do museu e trabalhar para que o sonho do compositor se concretize.

No projeto do museu, está prevista a construção de um espaço expositivo destinado ao acervo físico e virtual do Clube da Esquina. O museu também contará com palco, salas para exibição de filmes e uma biblioteca voltada para música e cinema. Para Márcio Borges, além de perpetuar a história do clube, tão importante no cenário da música brasileira, o local vai valorizar ainda mais a cultura mineira. “Vai ser um espaço de disseminação de arte e cultura. Referência da música de Minas. Vai ter estúdio, exposições permanentes, temporárias, salas de exibição de filmes e aulas, acervo do Clube da Esquina e muitas coisas inéditas. Qualquer pessoa vai ter acesso, claro que mediante ao regulamento de funcionamento geral dos museus do circuito".

Inicialmente, cogitava-se implantar o Museu Clube da Esquina no Cine Pathé, na região da Savassi, ou no Bairro Santa Tereza, berço do movimento do Clube da Esquina.  No entanto, a associação não conseguiu que a prefeitura de Belo Horizonte doasse um local para implantação do empreendimento. Depois de muitas negociações, o governo estadual permitiu que o museu fosse instalado no antigo prédio do Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas), no entorno da Praça da Liberdade. “Tudo isso foi possível com o apoio do ex-governador de Minas, Aécio Neves, que é amigo de integrantes do clube e ligado a questões culturais. Ele passou esse entusiasmo ao governador Antônio Anastasia que reconheceu a importância da música dentro da cultura mineira, e resolveu doar um espaço dentro do Circuito Cultural Praça da Liberdade", explica Borges.

A ex-presidente da Fundação Cultural de Belo Horizonte, Maria Antonieta Cunha, que acompanhou o processo desde o início, se surpreendeu com a mudança do local. “Fiquei surpresa com a decisão de instalar o Museu do Clube da Esquina na região da Praça da Liberdade, e não mais no Bairro Santa Tereza. No período em que fui a Presidente da Fundação Cultural de Belo Horizonte, todas as negociações apontavam para Santa Tereza como sede do Museu”.

Já para a sócia efetiva da Associação de Amigos do Museu Clube da Esquina, Tatiana Dias, a implantação do museu nos arredores da Praça da Liberdade é muito positiva. “Embora o museu não tenha sido instalado no berço do clube, o novo local faz parte de um importante circuito cultural da cidade. A mudança só vem agregar ainda mais valor ao projeto.” 

Tatiana Dias informou que, para a reforma do prédio onde o museu será abrigado, a associação necessita de uma verba a ser liberada pelo governo federal. Após a liberação desse recurso, o local será mantido por patrocinadores através da lei de incentivo a cultura. No entanto, segundo Tatiana Dias, o prazo para que o dinheiro seja liberado já está chegando ao fim. “Essa verba tem que vir do Ministério da Cultura. Se não vir até dia 30 deste mês, o projeto volta a estaca zero".

A assessoria do Ministério da Cultura informou que foi solicitada uma verba de R$ 3 milhões para a restauração do local, mas apenas R$ 500 mil podem ser liberados. Segundo o Ministério, para que haja a liberação, a associação deve adequar a proposta do projeto à quantia que pode ser oferecida, obter parecer técnico jurídico e apresentar o termo de posse do local. Até que todos os documentos sejam entregues, não é possível estabelecer um prazo para que o recurso seja liberado e a inauguração do museu será certamente adiada por mais algum tempo.




A música do Clube

                        O então presidente Juscelino kubichek ouvindo o grupo em Diamantina.

Deveria começar esse texto falando dos discos gravados, das milhares de cópias vendidas, ou até mesmo da influência da melodia feita pelos então universitários mineiros. Mas eu queria lhe pedir licença, meu caro leitor, para lhe descrever a famosa esquina.
Rua Divinópolis com Paraisópolis deveria ter no mínimo uma placa, não é? A placa existe. Mas nada mais do que isso. O local é uma esquina comum como aquelas onde grupos de amigos se encontram para tocar violão nas cidadezinhas do interior. Ou como era no pacato Bairro Santa Tereza na capital mineira dos anos 60. Tudo seria muito simples e comum, como eram esses encontros na época, se não fosse a genialidade dos estudantes que ali se encontravam. E, para fazer justiça, não poderia deixar de citar os que na opinião de muitos críticos foram os mais importantes. O famoso clube tem nomes como Milton Nascimento, Lô Borges, Beto Guedes, Flávio Venturini, Toninho Horta, Márcio Borges, Ronaldo Bastos, Fernando Brant, Tavinho Moura, Wagner Tiso e muitos outros que ajudaram a formar essa jóia rara da Música Popular Brasileira.
Dois discos marcaram a carreira do grupo que a princípio se reunia para ouvir e tocar Beatles. O primeiro intitulado “Clube da Esquina”, de 1972, e o segundo “Clube da Esquina 2”, de 1978. De acordo com o professor do Centro Universitário de Belo Horizonte e crítico musical, Maurício Guilherme, as influências do grupo foram diversas. “O Clube é um verdadeiro liquidificador musical. Eu vejo influências que vão da Bossa Nova, na questão melódica, passando pelos Beatles, até chegar aos poetas mineiros, como Drumond, por exemplo. Sem falar da influência política que vem do desejo de liberdade devido à repressão da ditadura”.
Ainda segundo o professor, “o clube é formado, na sua essência, por grandes músicos, especificamente violonistas, que souberam como ninguém fazer um movimento único e ao mesmo tempo diferente. Inovador, mas duradouro. Com uma capacidade melódica superior”.
Os integrantes do Clube vivem novas aventuras, seja em outros ramos, ou mesmo na música, como o guitarrista Toninho Horta, que até hoje faz sucesso fora do Brasil. Milton Nascimento que é considerado pela mídia e pelos fãs como a estrela maior da música mineira. Ou ainda Beto Guedes que ainda faz sucesso por onde passa. Esses e muitos outros ganharam novos dígitos na balança, perderam alguns fios de cabelo, mas continuam vivos na memória de cada amante da boa música.
Os filhos do Clube - 40 anos depois de tudo isso, os filhos de Beto Guedes e Marilton Borges continuam fazendo o que os pais faziam de melhor. Os músicos Gabriel Guedes e Rodrigo Borges se encontraram por acaso na noite de Belo horizonte e hoje fazem shows em um bar de propriedade do próprio Gabriel, localizado na mesma esquina onde os seus pais e amigos começaram um dos maiores movimentos da música mineira.  
Boemia no Alto dos Piolhos
A história do Santa Tereza em detalhes quase que desconhecidos.

Boemia, música e tranquilidade. Essas três palavras vêm à nossa cabeça assim que pensamos no bairro Santa Tereza. Localizado na região leste da capital mineira, é famoso por ter uma vida noturna agitada, uma vez que, na praça principal, a Duque de Caxias, estão localizados bares e restaurantes, famosos por sua culinária e tira-gostos, tudo que um legitimo mineiro procura para acompanhar a cerveja gelada depois de um dia de trabalho.

A beleza arquitetônica de suas casas, a variedade de opções de diversão, as atividades culturais diversificadas, como as casas de seresta, as feiras de artesanato e o famoso macarrão do fim de noite atraem pessoas de toda a cidade. Segundo o estudante André Rodrigues, o bairro é um dos melhores lugares da capital pra quem quer se sentar em um boteco e colocar o papo em dia com os amigos. "Sempre que tenho tempo, eu junto a galera e vamos pro Santa Tereza. A cerveja é gelada e barata, e a comida é muito boa. Além disso, tem muitas opções de bares e eles estão sempre cheios", comenta o estudante.

Inicialmente, o bairro teve sua primeira ocupação por imigrantes italianos. Isso ocorreu devido a instalação do Centro de Imigração da Capital, responsável na época por acolher os imigrantes e legalizar sua situação no Brasil. O bairro ficou conhecido, no início do século passado, como a região do Isolado, por existir no local que hoje abriga o Mercado Distrital de Santa Tereza, um hospital que tratava pacientes com tuberculose e outras doenças respiratórias até então incuráveis e o paciente precisava ser isolado para diminuir o risco de contaminação.

De lá pra cá, o bairro recebeu diversos nomes: Colônia Américo Werneck, Bairro da Imigração, Alto do Matadouro, Bairro do Quartel e Fundos da Floresta. F oram muitas denominações até que em 1928 recebeu a atual nomenclatura.

Se voltamos um pouco na história, veremos que a Praça Duque de Caxias passou por diversas modificações ao longo dos anos. "Aquele local já abrigou a hospedaria dos imigrantes, o quartel do Exército e o batalhão da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais. No principio da década de 60, aquele local foi ocupado pelo colégio Tiradentes da Polícia Militar. Na realidade o que hoje é uma bela praça, na década de 30 era um descampado, "um largo" com muita poeira, onde passavam carroças, cavalos, soldados e a comunidade local", afima o historiados Luis Goés.

Hoje o bairro é famoso por seus carnavais, blocos carnavalescos, e por sua singular contribuição para o cenário cultural de Belo Horizonte, uma vez que surgiram grandes nomes da música mineira como Milton Nascimento, Lô Borges, Fernando Brant (com o Clube da Esquina), além de bandas que despontaram para o cenário nacional e internacional, como Skank, Sepultura, entre outras.

O Santa Tereza também é o local da cidade em que as lendas resistem. O Clube da Esquina, que apesar da rica herança cultural e musical, fisicamente o clube nunca existiu. Reza a lenda que na região conhecida com Alto dos Piolhos – o entroncamento das ruas Quimberlita, Tenente Freitas, Bocaiúva e Bom Despacho – vivia uma família do interior, que  ganhou fama porque tinham o hábito de cultivar o inseto.








2 comentários:

  1. Vamos lá:

    -Pontuação: mês. Caso contrário, é bem;
    -Ortografia: ideia, técnico jurídico, joia, Horizonte (?);
    -Repetição: vai valorizar ainda mais a cultura mineira. “Será um espaço de disseminação de arte e cultura. Referência da música de Minas. Vai ter estúdio, exposições permanentes, temporárias, salas de exibição de filmes e aulas, acervo do Clube da Esquina e muitas coisas inéditas. Qualquer pessoa terá acesso, claro que mediante ao regulamento de funcionamento geral dos museus do circuito;
    -Manual: governo federal, governo estadual, lei de incentivo a cultura;
    -Pontuação: Antônio Anastasia, que reconheceu a importância da música dentro da cultura mineira e resolveu doar;
    -Concordância verbal: Se não vier até o dia 30 deste mês;
    -Assinar o texto “Musica do Clube”, transformando-o em resenha ou texto diversional, tipo gonzo;
    -Pontuação: Bairro Santa Tereza, na capital mineira, dos anos 60;
    -Opção de pontução: Os integrantes do Clube vivem novas aventuras, seja em outros ramos, ou mesmo na música, como o guitarrista Toninho Horta, que até hoje faz sucesso fora do Brasil; Milton Nascimento, que é considerado pela mídia e pelos fãs como a estrela maior da música mineira; ou ainda Beto Guedes, que faz sucesso por onde passa;
    -Crase: devido à instalação;
    -Frase confusa. Refazer: O Clube da Esquina, que apesar da rica herança cultural e musical, nunca existiu fisicamente (-1);
    -Redação: conhecida como Alto dos Piolhos.

    Nota: 24/25.

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